
Localizada na Av. Marechal Floriano Peixoto, nas cercanias da Praça Carlos Gomes, a Casa Heitor Stockler de França é parte importante da história da cidade e, desde 2013, abrigava o Centro Cultural Sesi Heitor Stockler de França – uma homenagem ao poeta paranaense, primeiro presidente e um dos fundadores da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, que viveu na residência.
Eis que agora, sem alarde, o Centro Cultural fechou as portas – e a placa de um escritório de advocacia, o novo inquilino, já foi instalada na propriedade.
Segundo informou a assessoria de imprensa do Sesi a’O CENTRO, “o imóvel onde funcionava o Centro Cultural Heitor Stockler de França foi locado e preservado pelo Sistema Fiep por mais de 10 anos. Com o fim do contrato de locação, no último mês de abril, a entidade decidiu pela não renovação, uma vez que, a partir de agora, a estratégia do Sesi Cultura estará focada em desenvolver os espaços culturais próprios da instituição – incluindo um Centro Cultural existente na unidade Dr. Celso Charuri, na região central de Curitiba. Em breve, o Sesi divulgará a programação prevista para este e outros espaços”.
O imóvel é uma Unidade de Interesse de Preservação e, enquanto centro cultural, as características originais foram mantidas, inclusive com alguns móveis da família, como estantes, sofás, poltronas e um belo piano Essenfelder. Ainda segundo o Sesi, “os móveis e muitos objetos eram comodatados do acervo pessoal da família. O que pertencia ao Sesi foi destinado às bibliotecas da instituição”. Segundo O CENTRO apurou junto ao escritório BKZ Advocacia, por enquanto alguns dos móveis serão mantidos na casa. ”A ideia é preservar a identidade do local”.

HISTÓRIA – Datado de 1893, o distinto chalé cor-de-rosa foi construído por João Lourenço Taborda Ribas, que teve como inspiração as construções suíço-italianas do final do século XIX. Além da sua arquitetura singular no contexto da Curitiba da virada do século, a casa conta com vários detalhes considerados inovadores para a época, como sua implantação a partir de um recuo e não colada na calçada como era feito nas demais construções.

 
															


